terça-feira, 27 de abril de 2010


RUPTURA
Guida Linhares

Um dia você chegou com uma rosa vermelha e me ofereceu....fiquei tão feliz e sequer imaginava que tempos mais tarde, chegaríamos ao ponto da ruptura da amizade.
Contudo a indiferença e as constantes ausências, vão cavando um buraco fundo no coração da gente....quando se percebe que não se é mais lembrado, com tanto ênfase, nem mais com rosas, nem mais com o precioso afeto compartilhado.

Quando se gosta de alguém o carinho precisa ser recíproco, senão entristece e magoa. E as cobranças acontecem...até porque se quer um diálogo, um esclarecimento, um sentido para se prosseguir; se deseja um entendimento, que acaba sendo confundido com a cobrança...mas ninguém cobra a não ser dívidas e quem deve não pode se esconder e precisa entender que só existe a necessidade, quando algo está em falta e na falta é preciso que se faça alguma coisa, para que a serenidade e a paz interior fiquem restabelecidas.

Quando um não quer, o melhor a fazer é o afastamento, para que daquela rosa vermelha não sobre apenas a lembrança dos espinhos que vieram a ferir o coração.

A vida tem um movimento contínuo e tudo o que fica estagnado, morre e se transforma.

Quando a amizade se torna morna e desprazerosa, o melhor a fazer é realmente cada um tomar o seu caminho, guardando apenas na memória os bons momentos, para que no livro da vida, as páginas gravadas estejam repletas de alegria, solidariedade, concórdia e felicidade.


Santos/SP/Brasil
27/04/10



Um comentário:

Anônimo disse...

FELICIDADE

És precária e veloz.
Felicidade
Custas a vir e quando vens,
Não te demoras,
Foste tu
Que ensinaste aos homens
Que havia tempo
E, para te medir,
Se inventaram as horas


Cecília Meireles

Beijos poéticos prá ti neste dia!! M@ria